28 de maio de 2008


Sonetilho de verão
(Paulo Henriques Britto)


Traído pelas palavras.
O mundo não tem conserto.
Meu coração se agonia.
Minha alma se escalavra.
Meu corpo não liga não.
A idéia resiste ao verso,
o verso recusa a rima,
a rima afronta a razão
e a razão desatina.
Desejo manda lembranças.

O poema não deu certo.
A vida não deu em nada.
Não há deus. Não há esperança.
Amanhã deve dar praia.



Esse poema de Paulo Henriques Britto está no livro "Trovar Claro", Editora Companhia das Letras. A imagem é de Jorge Palha.

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28 de maio de 2008


Sonetilho de verão
(Paulo Henriques Britto)


Traído pelas palavras.
O mundo não tem conserto.
Meu coração se agonia.
Minha alma se escalavra.
Meu corpo não liga não.
A idéia resiste ao verso,
o verso recusa a rima,
a rima afronta a razão
e a razão desatina.
Desejo manda lembranças.

O poema não deu certo.
A vida não deu em nada.
Não há deus. Não há esperança.
Amanhã deve dar praia.



Esse poema de Paulo Henriques Britto está no livro "Trovar Claro", Editora Companhia das Letras. A imagem é de Jorge Palha.

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