14 de maio de 2009


Cofre
(Nei Duclós)

Amor não se manifesta
É cofre em remota estrela

Amor não diz a que veio
É chá de imprestável erva

Amor se casa em segredo
E parte sem que amanheça

Tem armadilhas de caça
Em mil quartos de despejo

Não celebra nem reitera
É quebra de juramento

Manda cartas da cadeia
Sai pela porta da frente

Amor, quem pode com ele
De carona no poema?

Amor, palavra que esconde
Os arranhões da refrega

Amor, que jamais responde
Quando, perdido, se entrega


A imagem é "The Kiss", obra de Edvard Munch datada de 1898.

12 comentários:

Sidnei Schneider disse...

É bom demais, né. Há poucos dias respondi uma entrevista sobre meus poetas preferidos. Entre os atuais, tasquei o Nei Duclós. Bjs

Juliana Meira disse...

isso aí, poeta Sidnei. pra essa resposta, se tasca Nei Duclós!

(=

Renato de Mattos Motta disse...

bonito poema
e ilustração melhor ainda!
sou apaixonado por este beijo
desde o tempo em que tava
aprendendo a beijar!

Juliana Meira disse...

Renato poetamigo,
nada fácil ajustar imagem e poema.
bacana que gostou!

Cecília Borges disse...

ah, ju, amor por aqui está saindo pela porta dos fundos!
adoro esse quadro.
bj

Juliana Meira disse...

oi Cecília,
legal receber tua visita!
bj

A Gata por um Fio disse...

O amor inspira todos os poetas, os bons sabem traduzí-lo...

bju

Juliana Meira disse...

e a poesia de Nei Duclós é boa demais!

beiJu Sandra

Alexandre Brito disse...

nada à-toa

Nei Duclós
Nei Lisboa
Nei Lisboa
Nei Duclós

ós dos borogodós

:)

dá-le Ju!!

Juliana Meira disse...

são mesmo dois ós dos borogodós!!

(=

gracias por visitar o tempoema Alexandre

Anônimo disse...

nos'inhora!
chegar aqui e encontrar um texto do nei é o máximo.
tá valendo, juliana.
i'll be back...

Juliana Meira disse...

legal, Samuca! volte sempre, és bem-vindo ao tempoema,
abraços

14 de maio de 2009


Cofre
(Nei Duclós)

Amor não se manifesta
É cofre em remota estrela

Amor não diz a que veio
É chá de imprestável erva

Amor se casa em segredo
E parte sem que amanheça

Tem armadilhas de caça
Em mil quartos de despejo

Não celebra nem reitera
É quebra de juramento

Manda cartas da cadeia
Sai pela porta da frente

Amor, quem pode com ele
De carona no poema?

Amor, palavra que esconde
Os arranhões da refrega

Amor, que jamais responde
Quando, perdido, se entrega


A imagem é "The Kiss", obra de Edvard Munch datada de 1898.

12 comentários:

Sidnei Schneider disse...

É bom demais, né. Há poucos dias respondi uma entrevista sobre meus poetas preferidos. Entre os atuais, tasquei o Nei Duclós. Bjs

Juliana Meira disse...

isso aí, poeta Sidnei. pra essa resposta, se tasca Nei Duclós!

(=

Renato de Mattos Motta disse...

bonito poema
e ilustração melhor ainda!
sou apaixonado por este beijo
desde o tempo em que tava
aprendendo a beijar!

Juliana Meira disse...

Renato poetamigo,
nada fácil ajustar imagem e poema.
bacana que gostou!

Cecília Borges disse...

ah, ju, amor por aqui está saindo pela porta dos fundos!
adoro esse quadro.
bj

Juliana Meira disse...

oi Cecília,
legal receber tua visita!
bj

A Gata por um Fio disse...

O amor inspira todos os poetas, os bons sabem traduzí-lo...

bju

Juliana Meira disse...

e a poesia de Nei Duclós é boa demais!

beiJu Sandra

Alexandre Brito disse...

nada à-toa

Nei Duclós
Nei Lisboa
Nei Lisboa
Nei Duclós

ós dos borogodós

:)

dá-le Ju!!

Juliana Meira disse...

são mesmo dois ós dos borogodós!!

(=

gracias por visitar o tempoema Alexandre

Anônimo disse...

nos'inhora!
chegar aqui e encontrar um texto do nei é o máximo.
tá valendo, juliana.
i'll be back...

Juliana Meira disse...

legal, Samuca! volte sempre, és bem-vindo ao tempoema,
abraços