19 de maio de 2013

A ilha do tempo
(Élvio Vargas)


O primeiro rosto que vestimos
era de argila, papel crepom
areia molhada e orvalhos
crismados por água benta.
O segundo veio com brisa
miragens e uma carne de sol
que ainda enganava a fome do corvo.
No último foi despertando
toda a pedra que esconderam
cascalho miúdo
e um sorriso frio
que no começo era postiço
e agora é real.



Esse poema de Élvio Vargas está no livro "Estações de Vigília e Sonho", Editora Gazeta, 2012. A imagem é "Night Shadows", obra de Edward Hopper datada de 1921.

3 comentários:

Anônimo disse...

Belo poema, Elvio. Parabéns pelo bom gosto, Juliana.



Abraços!
José Antônio Silva

Juliana Meira disse...

abraços, José Antônio!

Chauncey disse...

This is gorgeous!

19 de maio de 2013

A ilha do tempo
(Élvio Vargas)


O primeiro rosto que vestimos
era de argila, papel crepom
areia molhada e orvalhos
crismados por água benta.
O segundo veio com brisa
miragens e uma carne de sol
que ainda enganava a fome do corvo.
No último foi despertando
toda a pedra que esconderam
cascalho miúdo
e um sorriso frio
que no começo era postiço
e agora é real.



Esse poema de Élvio Vargas está no livro "Estações de Vigília e Sonho", Editora Gazeta, 2012. A imagem é "Night Shadows", obra de Edward Hopper datada de 1921.

3 comentários:

Anônimo disse...

Belo poema, Elvio. Parabéns pelo bom gosto, Juliana.



Abraços!
José Antônio Silva

Juliana Meira disse...

abraços, José Antônio!

Chauncey disse...

This is gorgeous!